Na última quarta-feira (03/05/2011), os interessados a respeito do assunto “Proteção dos trabalhadores expostos ao benzeno” reuniram-se no Fórum Permanente realizado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA – Central – UNICAMP) da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp.
O evento discutiu o uso do benzeno e as suas implicações na área de saúde do trabalhador e meio ambiente, bem como debateu os mecanismos de controle social através das Comissões do Benzeno, contando com a participação de nomes renomados no assunto como Dr. Luiz Sérgio Brandão de Oliveira – Coordenador da Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz), Dr. Danilo Fernandes Costa – Coordenador da Comissão Estadual de Benzeno (CEBz-SP), Dra. Elizabeth Aparecida Trevisan – Coordenadora da Comissão Regional de Benzeno (CRBz – Campinas) e Sr. Itamar Sanches – Coordenador da bancada dos trabalhadores na CNPBZ, além de representantes da Fundacentro, do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador – CEREST, representantes dos Sindicatos e Vigilâncias locais e muitos outros. Entre os assuntos abordados então o Acordo Nacional do Benzeno, o uso do benzeno em laboratórios, a proteção à exposição ao Benzeno em postos de combustíveis e a nova PORTARIA SIT Nº 203 DE 28.01.2011, altera o Anexo 13-A da Norma Regulamentadora NR-15.
O benzeno está presente em refinarias de petróleo, siderúrgicas, fábricas de calçados, postos de combustíveis, laboratórios de análises químicas e em outros setores onde é utilizado como solvente ou como matéria prima, no entanto devido a sua alta periculosidade só é permitido em alguns setores, onde é impossível a sua substituição ou remoção.
Dentre os perigos associados ao benzeno destacam-se as doenças hematológicas (leucopenia, neutropenia e anemia aplástica, doenças associadas à diminuição da contagem de células sanguíneas) e câncer da medula óssea em diferentes formas e estágios. Substâncias cancerígenas não possuem valores seguros de exposição, por esta razão o benzeno a NR-15 estabelece o VRT/mpt (Valor de referência tecnológica/média ponderada no tempo), que diferente dos Limites de Tolerância (LT) não exclui o risco associado à substância.
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