A agência de Proteção Ambiental Americana (EPA) propôs este mês limites para a emissão de carbono de novas usinas de produção de energia por queima de combustível fóssil. A proposta, se vingar, seria o primeiro passo importante dado pelo governo americano em direção a limitação da emissões de gases de efeito estufa pelo setor de energia. Pela primeira vez, as plantas seriam obrigadas a capturar parte do dióxido de carbono emitido pela queima de combustível fóssil e também limitar a produção do gás.
A regulamentação, elemento chave do plano climático do presidente Barak Obama, inclui limites específicos para plantas operadas por gás natural ou carvão. As plantas a carvão terão que limitar sua poluição por dióxido de carbono a 500 kilograma por megawatt hora de produção de energia; representando uma redução de 30% a 50% maior do que o exigido pela legislação atual. Plantas a gás natural, que produzem menor carga de poluição por carbono por unidade de energia produzida, se limitariam a uma produção de 450 kilograma per megawatt hora.
Espera-se uma oposição à nova regulamentação ferrenha partindo da indústria da energia e de seus aliados no Capitólio. A indústria energética afirma que os padrões propostos exigiriam o uso de novas e caras tecnologias que por enquanto ainda são comercialmente inviáveis.
Especialistas acreditam que os novos padrões legais seriam importantes na transição da economia americana para um futuro com baixa emissão de carbono e lembram que as plantas de geração de energia terão um período de 7 anos para se adequarem a redução na emissão e ao aumento na captura dos gases de efeito estufa emitidos.
E argumentam que a importância na redução das emissões do setor energético pelo emprego das técnicas CCS (carbon capture and storage – captura de carbono e armazenamento) será essencial no combate as mudanças climáticas, admitem, entretanto, que a tecnologia CCS ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento.
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