A evolução da produção e consumo de compostos químicos e a utilização de energia nuclear para gerar eletricidade tiveram um aumento a partir do século XX, quando ocorreu um avanço significativo nos processos tecnológicos e na adequação de instalações, facilitando a produção destas substâncias. Com isso, o número de indivíduos expostos a tais produtos também cresceu, principalmente entre os trabalhadores, o que gerou um aumento no número de acidentes.
Diante deste cenário, o controle e a segurança dos processos tecnológicos para a produção de químicos tornou-se preocupante e despertou a necessidade de se desenvolver novos mecanismos para gerenciar o risco de acidentes, que, devido ao alto grau de periculosidade, podem ter proporções inacreditáveis e gravíssimas. Em 1986, por exemplo, no famoso desastre de Chernobyl, na Ucrânia, onde houve vazamento de neptúnio e césio, estima-se que 8.000 pessoas morreram e cerca de 17 mil ainda poderão falecer nos próximos 70 anos devido a intoxicação. De 1947 a 1984, acidentes químicos nos EUA, Japão, Itália e Índia também foram responsáveis pela morte de mais de 100 mil pessoas, além de outras 700 mil afetadas ou feridas.
Estes acontecimentos também não estão distantes do Brasil. Para relembrar dentre os mais recentes, um vazamento de gás em Suzano (SP), em 2013, matou uma pessoa e deixou outras 59 intoxicadas. Em Santos (SP), 2015, um incêndio de tanques de combustível demorou 15 dias para ser controlado, gerando um enorme impacto ambiental e prejuízo financeiro.
Os acidentes com substâncias químicas, além de provocarem grandes impactos ambientais, danos materiais às instalações e prejuízos de imagem e financeiros, também provocam graves impactos à saúde humana, já que além de mortes e feridos, existe ainda o risco de desenvolvimento de doenças futuras, que podem se perpetuar por várias gerações. Entres as principais causas de ocorrência deste tipo de acidente sempre estão o descuido com princípios básicos de manutenção, desconhecimento das características dos produtos químicos manuseados, ausência de comunicação de perigo em embalagem e tanques de armazenamento, falta de treinamentos específicos, entre outras.
Nesse cenário o desenvolvimento do treinamento “Manuseio Seguro de Produtos Químicos” é uma iniciativa que visa contribuir com a minimização de deficiências dentro das empresas, como também, gerar um aumento de motivação e produtividade por meio da diminuição do absenteísmo resultante de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais pelo contato com produtos químicos perigosos.
Este curso tem como objetivos:
- Ajudar os participantes a avaliarem as suas práticas com respeito a armazenagem, ao manuseio e à identificação de produtos químicos;
- Ajudar a identificar os desvios e resolver os problemas em seu estágio inicial;
- Auxiliar os profissionais da área de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) a selecionar medidas de controle adequadas para o manuseio e a utilização de produtos químicos.
Maiores informações acesse: http://www.intertoxacademy.com.br/manuseio-seguro-de-produtos-quimicos